"Fui convidada a uma mãe do grupo “mamães a bordo” do whatsapp para escrever sobre qualquer coisa relacionada a maternidade. E me peguei de surpresa sobre o que escrever se são tantas as coisas das quais eu poderia falar e que talvez nem seja mais novidade entre as mamães e futuras mamães... De primeira viagem ou não e resolvi escrever sobre como descobri minha gravidez, como reagi com isso e principalmente pelo pai dela não ser quem eu queria que fosse pelo fato de ele estar a não sei quantos mil km de distância e como toda essa interrupção de sonhos se transformou em benção na minha vida. Mas primeiro vou contar uma historinha até chegar a parte principal, tentarei ser breve, mas espero que a curiosidade as leve até o final da história.
Tudo começou em 2013 quando descobri a traição do meu Ex-futuro quase noivo (quase 2 anos de relacionamento na época). Foi um choque para mim, família e amigos. Senti-me envergonhada mesmo não tendo feito nada porque eu dei o melhor de mim e sim, nosso relacionamento parecia um conto de fadas tirando o final dele que já não estava La essas coisas porque ele já estava se envolvendo com a parceira do trabalho e atual noiva (Há uns cinco meses +/-) e eu LÓGICO, nem sonhava (Ingênua). Passaram-se alguns meses e acidentalmente comecei a me aproximar de um amigo chamado de A.F (na verdade era pra tê-lo conhecido antes desse meu ex-futuro quase noivo, mas que por alguma razão o destino descruzou esse encontro umas duas vezes). Dessa amizade começaram a brotar sentimentos, sentimentos proibidos de ambas as partes. Mas, Ei, calma, ele não era casado e nem um cara de cinqüentão, só era um amor proibido onde eu não posso citar os reais motivos, kkkkk desculpem-me. Tentamos fugir do que estava acontecendo, mas chega uma hora que não da pra evitar e começamos a viver nossa história proibida com muitas histórias para se contar... Dentre elas: fugas com 100% de pura adrenalina, danças inesquecíveis, melhor olho no olho, melhor parceiro para comer chocolate, melhor ouvinte... ok, parei! Rsrsrsrssr e passamos um ano guardando nossa história, sonhos e planejamentos pra nós mesmos e no final de 2014 eu resolvi que iria abrir o jogo e ver no que isso ia dar porque eu tinha recebido uma proposta do meu pai de fazer a viagem dos meus sonhos para estudar: Paris, SIIIIM, Paris. Eu precisava ouvir dele o que ele queria de nós naquele momento, mas não falei da minha viagem e acabou que ele por medo do que UMA pessoa iria falar sobre nós ou talvez porque ele não me amasse o suficiente pra enfrentar os preconceitos que apenas uma pessoa iria jogar na nossa cara... ele não me deu resposta e passamos um tempo em silêncio. Nesse tempo em silêncio aceitei a proposta do meu pai por querer fugir de Recife e refazer minha vida longe daqui e SEM QUERER conheci um rapaz chamado G.V que foi pra mim um sentimento desconhecido, não queria acreditar que aquele cara estava tão afim assim de mim e tudo na gente batia e ele conseguia arrancar sorrisos de mim como quem tira de uma criança e por esse momento fez-me esquecer de A.F. Embarquei no dia 06/12/14 com destino a Paris com saudades de quem não sentiu minha falta e falando no telefone com G.V que tivemos 2 encontros desde que nos conhecemos até a Data da minha viagem e o único que se importou e pro qual foi o meu ultimo adeus. Chegando a Paris depois de semanas sozinha e lutando contra os meus pensamentos. Me afundava nas aulas de chocolate e Francês, me dedicava 100% a aquilo e conheci R.K um americano bonito, simpático, alegre e muito insistente e que falava português bem legal e sim, ele fez de tudo pra me chamar a atenção e conseguiu, tivemos um romance de inverno e tivemos uma noite de romance mais intenso (Uma, sim, umazita, única vez) onde eu engravidei e nem sabia. Nessas histórias entrelaçadas conversava com G.V e não achava que ele estivesse me esperando, achava que era baboseira, achava exagero porque de dois encontros um cara não me esperaria sem saber se eu iria voltar e se passado um mês e pouco recebi uma noticia de A.F que mudaria todo o meu sentido de rota e com quase 2 meses marquei minha volta pra Recife. Chegando aqui minha surpresa de nada adiantou porque A.F não concluiu o que tinha que fazer, depois descobri que eu estava grávida de uma paixão em Paris, uma paixão que não me arrancou suspiros e sim momentos muito alegres. De quem eu achei que iria receber um apoio, me deu as costas e não tiro a razão dele, já que de fato ele estava me esperando e que iria me pedir em namoro, sim, G.V ia me pedir em namoro. Vários medos, sentimento de perda, me sentindo burra e ao mesmo tempo Helena tão pequenininha, mas já se fazia presente há duas semanas com fortes enjôos e perda de aproximadamente 3 kg. Conversei com quem tinha que conversar e recebi o maior carinho das pessoas que eu menos esperava: minha mãe Capitão Nascimento e minha irmã sargento 005 capanga do capitão nascimento kkkkkkkkk, sim elas são muito brabas e morrem de ciúmes de mim e minha mãe tinha conversado comigo sobre abrir meu atelier de doces quando eu voltasse e pensei que por conta da minha gravidez isso não poderia ser realizado. Passei muito tempo sem acreditar, nos primeiros momentos eu não sabia o que conversar com Helena e muito menos como explicar a ela futuramente que o pai dela sabe da existência e a ignora. Ela ainda está em meu ventre e ainda tenho medo, mas medos diferentes... Medo de não ser a melhor mãe, companheira e amiga. Medo de não poder dar um pai a ela e alguém que a ame e não a rejeite por ser filho de outro. Oro a Deus agradecendo pela vida da minha filha porque hoje com ela tudo faz sentido, mesmo com dores inexplicáveis, insônias, falta de ar, inchaço, perca de roupas e ela ainda conseguiu metade do meu guarda-roupa, metade do meu quarto e já ganhou o coração de todos... e todo aquele vazio que me acompanhou antes, durante e um pouco depois, agora me completa totalmente. A cada chutinho me sinto amada, me sinto privilegiada por esse milagre que é gerar uma vida e mesmo quando eu achava que não podia engravidar, engravidei. Todas as minhas duvidas de inicio foram necessárias para que hoje eu conseguisse gerar o maior amor do mundo e acordar todos os dias com uma razão a mais pra não ter me arrependido de ter aceitado esse presente, mesmo não sendo na melhor situação. Deus me reservou e permitiu esse momento e não consigo apontar um errante nessa história e sim consigo apontar Deus como melhor escritor de todos.. Porque um dos meus sonhos ele já realizou e em meio a tanta bagunça, dor e decepção, Ele me deu Helena. Encorajo a mães solteiras não abandonarem seus filhos e não jogar sobre eles uma culpa que eles não têm obrigação de carregar. Eu Jussy, mãe solteira aos 21 anos, dona e parceira com uma das minhas melhores amigas do Atelier Antonietas doces finos e certa de que mesmo tendo errado e sabendo que errarei, eu me levantarei quantas vezes for preciso e não por conta de qualquer pessoa e sim pela minha filha a quem eu devo o melhor de mim em todos os sentidos."
Gente, esse texto foi da nossa querida Jussy do Ateliê Antonietas, para conhecer mais sobre essa pessoa fantástica sigam:
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