Falta pouco pra Tina completar dois meses e as coisas ainda continuam meio bagunçadas por aqui, a maior prova disso é a minha ausência aqui no blog. Já conseguimos criar uma rotina e eu já consigo identificar o porquê de cada choro (nem sempre eu acerto, mas tou bem melhor). Aquele desespero de não saber de nada foi embora, agora eu conheço a minha filha, sei do que ela gosta e do que ela não gosta, e aprendi que nem tudo que funciona com os outros bebês vai funcionar com ela.
As pessoas sempre tentam ajudar e isso é muito bom e extremamente chato. A maioria delas esquece que cada bebê tem um jeito de ser e que nem tudo que funcionou com o seu filho ou com o filho da sua vizinha/amiga/irmã/tia vai funcionar com a minha filha. E a ajuda, quando não solicitada, acaba sendo bastante inconveniente. Então, fica a dica: todas as mães sabem que a intenção é ajudar, mas o filho é nosso e a gente só quer o melhor pro nosso bebê, acreditem! Se a gente disser não, é não. Sem contar que, as vezes, a gente simplesmente não acredita/não quer fazer o que você sugeriu! ^^
Não existem regras (demorei um pouco pra entender isso). Eu passava o dia triste porque estava dando complemento a minha bebê, sempre quis amamentar e era meu sonho doar leite. Passei pelos dois lados. No começo era um blá blá blá sem fim porque eu não queria dar o complemento, "vai matar a menina de fome". E agora, que eu decidi ter o auxílio do complemento, minha rotina não me permite passar 3/4 horas com Tina no peito pra ela matar a fome dela, o blá blá blá continua só que agora é o contrário, " não tem necessidade de dar complemento, quanto mais você amamenta, mais leite você tem". Gente, pra mim é impossível passar horas e horas com a minha filha no peito (gritando de fome, esfomeada e braba é ela!) quando ainda tenho uma casa, um marido, uma cadelinha e uma criança teimosa de quase 84 anos (meu avô) pra cuidar.
As pessoas criam regras e você acredita de verdade que tem que seguir todas elas. Sem contar que tá na moda tudo ser humanizado e natural. Ainda tem gente que critica porque meu parto foi cesáreo e fazem cara feia quando eu digo que, no próximo filho, quero parto cesáreo de novo. Nem ligo e digo logo: não adianta, você não vai me convencer do contrário. A maior prova, pra mim, de que boa parte dessas regras podem ser quebradas foi o banho de Valentina: "para dar banho no recém nascido, coloque 4 dedos de água na banheira", a menina ODIAVA tomar banho e eu sem entender o motivo. Um belo dia, conversando no grupo de mamães do whatsapp, minha amiga Leta sugeriu: " Anita, enche a banheira até quase esborrar e dá o banho.", e, hoje, Valentina chora porque está saindo do banho.
Outras sugestões pra acalmar o bebê não funcionaram com minha filha. Ela ama o ofurô, só que ela gosta pra brincar, o que acaba deixando ela mais agitada. Sabe aqueles vídeos com o bebê bem zen no ofurô? Impossível fazer um desses com Tina! Hahaha Casulinho? Corram pras colinas!!! Valentina simplesmente ODEIA que limitem os movimentos dela, e é muito calorenta, fazer o casulinho é a mesma coisa que dar um alto falante pra ela gritar! Estão vendo que nem tudo funciona?
Vou deixar, então, um recado aos nossos queridos conselheiros. Nós amamos de verdade o fato de quererem ajudar e agradecemos muito por isso. Nós queremos continuar ouvindo os conselhos, o nosso aprendizado é todo baseado nas tentativas e nos erros. A única coisa que a gente pede é que não fiquem chateados se não quisermos seguir um conselho ou outro.
Um beijão pra vocês!
P.s.: Esse texto também é dedicado à Indi e Dani, as mamães das Malus (amiguinhas de Tina). Nós três tivemos nossas filhas em abril e passamos pelas coisas quase ao mesmo tempo.